Sem pretenções, só uma brincadeira de palavras he he he...aí vai:
Dois amigos montanhistas que decidiram viajar,
poderiam ficar em casa de bobeira
Mas foram para as montanhas do Paraná.
Enfrentaram uma baita pirambeira
procurando sarna pra se coçar!
E não é que deu tudo certo?
Quanto mais andavam mais as montanhas ficavam perto.
O primeiro objetivo era o Pico Caratuva.
Em seu cume chegaram com bastante tranquilidade.
O lanche do cume foi de primeira, só faltou uva!
E a vista lá de cima, nossa, que felicidade!
Depois de muita apreciação do visual e do lanche,
Começaram a descida por um caminho pouco utilizado.
Parecia que a mata pedia sua revanche
Arrancando coisas de suas mochilas ou as vezes até os jogando ribanceira abaixo.
Isso foi um baita vara mato
Mas os economizou uma boa caminhada
A trilha normal seguia centenas de metros ao lado
Mas não adiantava, queriam outra pernada.
O céu? Humm bons sinais não os dava,
Mas com o passar do tempo, a coisa só melhorava.
Finalmente chegaram no acampamento um,
Debaixo de um sol que resolveu dar as caras.
Já era possível ver até o Pico do Tucum
Montanha fácil e de beleza rara.
Mais parece um vulcão no meio da Serra
Como se fosse uma espinha no rosto do Planeta Terra!
Continuar a investida era a única opção.
e o caminho exigia deles cada vez mais
Seguiram então aos famosos grampos que causaram tanta confusão,
E se arrancaram três ou quatro, não foi nada demais!
Pensaram que de grampo a parede não precisa,
Bastava colocar a mão e o pé em uma pegada bem escolhida.
Longas horas depois do início da caminhada,
Chegaram ao ponto culminante da maior montanha da região sul do país.
Para Parofes uma vista há muito esperada
Para Edson bastava dizer “este cume já fiz!”
Mas isso não diminuiu sua emoção
De ver lá de cima todo aquele mundão!
Fotos hipnotizantes do por do sol foram tiradas
Parofes crê que foram as melhores que jamais fez
Horizonte sobre Curitiba de cor alaranjada
A vontade deles era de eternizar o momento de vez.
A noite veio e com ela o vento alucinante
Durante a madrugada saíram e viram o céu absolutamente estrelado.
O frio? Com certeza foi decepcionante
A lua refletindo a luz do sol deixava tudo iluminado
Voltaram a barraca e continuaram a dormir
Logo seria hora de acordar, o sol estava por vir.
Pela manhã aconteceu exatamente o esperado,
Astro Rei veio e com ele mais um espetáculo.
Clique daqui, clique dali...
Ah mas não parou por aí!
Continuaram com o programado,
O próximo objetivo era o Pico do Ibitirati!
A descida do Pico Paraná é realmente muito exposta.
Um simples erro poderia ser fatal
Muito traiçoeira e úmida sua encosta
O vale ao lado é algo colossal
Não demorou muito e estavam lá
Mas o vento quase os fez planar!
Observaram atentamente o Pico Ferraria
E como queriam chegar lá!
Afinal de contas só um tolo não desejaria
Subir sua encosta e em seu cume pisar.
Mas como nem tudo é boa notícia, chegava a hora de voltar
Entraram na mata novamente seguindo pro Pico Paraná
Em seu cume assinaram o livro e levantaram acampamento
Recolheram o lixo deixado por outros para levar
De repente veio um vento
E colocou a barraca pra voar!
Edson segurou a barraca assustado
E Parofes pulou sobre as caratuvas desesperado
Um verdadeiro “peixinho”, esse pulo foi muito engraçado!
Tomaram seu rumo de descida
Ah, como foi dura a despedida...
Mas a aventura não havia acabado
Mais um cume haviam planejado.
Depois da descida do Pico Paraná
Desviaram do tradicional para subir o Pico Camelos
A impressão que tiveram é que quase ninguém vai lá
Mas a vista de seu cume é de arrancar os cabelos!
A parede do Paraná é enorme, parece que maior não há.
uma grande testa cheia de pelos,
É preciso registrar, de impressionar!
Retomaram seu retorno lentamente
Sem pressa nenhuma tampouco preocupação na mente
No acampamento um descansaram alguns minutos
Mas não podiam acampar, ainda precisavam andar muito.
Saindo de lá retomaram seu caminho a passo lento
E quando olhavam para o céu, percebiam a mudança do tempo.
Logo alcançaram a bica, ponto de água para o caminhante
Lá uma nova parada para se hidratar e um rápido lanche
Conheceram dois piás que foram de ataque
Rápido papo e seguiram seu caminho
Queriam descansar, mas “já estavam tão pertinho...”
Dali em diante apertaram o passo
Deram vinte no burro e desceram quase correndo
Parofes já sentia bem o cansaço
Seu joelho já estava quase morrendo!
Chegando na Fazenda uma baita surpresa
Reencontraram os amigos preparando o carro
Conseguiram uma carona, que beleza!
Foram com eles batendo papo e tirando sarro.
Já na estrada constataram que a previsão estava correta
Veio um dilúvio, um verdadeiro temporal
Com certeza deixaram a fazenda na hora certa
Uma cortina de vento e chuva, difícil de se ver igual
Já na rodoviária da cidade, mais uma despedida
Os caras de fato foram muito gente boa!
Os dois amigos tinham que voltar a terra da garoa.
Mas antes sentaram para comer e catalogar as feridas
Apreciar as fotos e matar a fome pra ir embora
Quando lembrava de seu pulo, Parofes só ria
Foi tão engraçado que vai ficar na memória!
De volta a São Paulo não teve jeito, caiu a ficha
Estavam de volta a selva de pedra
Passaram o final de semana grudados nas montanhas feito lagartixa
E agora de volta pra essa xxxxx!